Contém o traslado da escritura da venda feita por Francisco Marques Torres, negociante da praça de Lisboa, viúvo de Vicência Rosa Torres, e pelo seu genro Manuel Gomes Ribeiro, também negociante da praça de Lisboa, por si e como procurador de sua mulher Vicência Maria Torres Ribeiro, a José da Cruz, negociante, em 17 de Dezembro de 1944, pela quantia de 5.000.000 réis.
Integra o auto da posse da Quinta de Santa Eulália a favor de José da Cruz, bem como a escritura de reconhecimento de foreiro, pela qual José da Cruz reconhece o marquês de Nisa, par do reino, comendador da Ordem de Cristo, conde da Vidigueira, de Unhão e da Castanheira, como senhorio direto do prazo imposto na Quinta de Santa Eulália e se compromete a pagar o respetivo foro e pensão no valor de 12.000 réis anuais.
Compreende também uma certidão passada a requerimento incluso de José da Cruz, pela qual se comprova a inexistência de qualquer registo de hipoteca relativo à Quinta de Santa Eulália.
Inclui, por fim, entre outros, os seguintes documentos respeitantes à titularidade da Quinta de Santa Eulália antes da compra efetuada por José da Cruz:
- Um mandado de penhora dos bens de Francisco Marques Torres, de 18 de Novembro de 1841, conforme determinação da carta cível de avaliação e penhora oriunda do Juízo de Direito da Terceira Vara de Lisboa;
- Auto da penhora da Quinta de Santa Eulália, feita em 22 de Novembro de 1844, para pagamento de uma divida contraída por Francisco Marques Torres à sua filha e genro, Manuel Gomes Ribeiro, relacionada com as partilhas dos bens de sua esposa, [Vicência Rosa Torres];
- Uma certidão da Administração do concelho do Cartaxo, passada a requerimento incluso de José da Cruz, pela qual se comprova que a propriedade denominada Quinta de Santa Eulália se encontrava hipotecada a Manuel Gomes Ribeiro, negociante da praça de Lisboa e morador na Rua do Crucifixo, pela quantia de 5.400.000 réis.