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Registo de autoridade

Eduardo Malta

  • EM
  • Pessoa
  • 1900-10-28 -

Nasceu a 28 de Outubro de 1900 na freguesia de São Martinho na Covilhã.

Em 1910 ingressou na Academia de Belas Artes do Porto.

Eduardo Augusto Oliveiram de Mello Jorge maltaNasceu na Covilhã a 28 de Outubro de 1900, filho de Manuel Morais.

Estudou na Escola de Belas Artes do Porto.

Membro da Academia Nacional das Belas Artes de Lisboa e da Real Academia de Belas Artes de S. Fernando de Madrid.

Notabilizou-se no retrato. Em 1928 retratou em Madrid o ditador Primo de Rivera e figuras da aristocracia espanhola. Em 1937 esteve no Brasil, onde retrataou as mais notáveis personalidades brasileiras, desde o presidente Getúlio Vargas, expôs no Palácio Itamary (Ministério dos Negócios Estrangeiros); em 1939 també esteve em Paris.

Expôs em Lisboa, em Madrid, em Paris, em Londres (1955) e no Rio de Janeiro, Berlim (1942). Foi membro da Academia de Belas Artes e membro correspondente da Real Academia das Artes de San Fernando, Madrid.

Foi também, para além de retratista, escritor de romances ("No Mundo dos Homens" (1936); "O papagaio azul" (1925); "montanhas russas" (1928), e de livros sobre arte (ensaios sobre Nuno Gonçalves e Francisco de Holanda; "Do meu ofício de pintar" (1935); "Retratos e Retratados" (1938), "Vários Motivos de Arte" (1952), "a Arte de ontem e de hoje" (1948);"Porcelana chinesa ao gosto europeu" (1956)), colaborador de publicações periódicas, portuguesas e estrangeiras. Em 1952, durante a eleição de júris para a escolha de trabalhos a apresentar ao Salão Primavera, Malta acusou injustamente José Dias Coelho (1923-1961) de práticas desonestas, um episódio que desencadeou a sua expulsão da Sociedade Nacional de Belas Artes e o encerramento temporário desta instituição. Sete anos mais tarde, em 1959, ao ser nomeado Diretor do Museu Nacional de Arte Contemporânea (1959-1967), sucedendo ao escultor Diogo de Macedo, foi alvo de vivos protestos de artistas e críticos de arte.

Durante a sua carreira retratou políticos, membros da alta sociedade e das artes, de Portugal, Espanha e Brasil, e ainda figuras do povo. Retratou e Portugal António de Oliveira Salazar, o presidente Carmona, do Presidente da República Craveiro Lopes, do Cardeal Cerejeira, dos escritores e artisitas Teixeira de Pacoaes, Afonso Lopes Vieira, Aquilino Ribeiro, Reinaldo dos Santos, Raúl Lino, do banqueiro e colecionador de arte Ricardo do Espírito Santo Silva, da fadista Amália Rodrigues, do ditador espanhol General Primo de Rivera (retrato equestre), obra muito bem recebida em Madrid e que lhe granjeou fama internacional. Retratou Afonso XIII, rei de Espanha; D. Pedro e D. Mercedes de Orleães e Bragança, o rei HumbertoII de Itália. També retratou figuras do povo (mulheres da Nazaré, tipos étnicos do império colonial portugês), Getúlio Vargas, presidente do Brasil, conde e condessa de Paris, rei Humberto de Itália,
Em 1937 foi distinguido com o Prémio Columbano, do Secretariado da Propaganda Nacional; em 1955 a Medalha de Honra da Sociedade Nacional de Belas Artes;

Pintou e expôs em diversos paises
No início dos anos 60, Eduardo Malta comprou em hasta pública o Solar da Praça de Santa Maria (também conhecido como Solar dos Brito Pegada) no centro de Óbidos. Esta propriedade foi convertida em Museu Municipal.

Faleceu a 30 de Maio de 1967.
Eduardo Malta (1901-1967) nasceu na Covilhã e formar-se-ia na Escola de Belas Artes do Porto. Dedicou grande parte da sua carreira como retratista da alta sociedade e de figuras ligadas ao Estado Novo, nomeadamente, o próprio Oliveira Salazar e Marcelo Caetano. No final da década de 20 retrata figuras da aristocracia espanhola e de regresso a Portugal irá distinguir-se pela realização de vários retratos de figuras da política, das artes e das letras afectas ao regime, bem como diplomatas e algumas figuras da aristocracia europeia, tendo exposto em Espanha, Alemanha e Brasil. Em 1937 recebe o Prémio Columbano, atribuído pelo SPN/SNI, e algumas medalhas em pintura e desenho pela S.N.B.A. Não obstante o facto de ser sócio desta última instituição, Eduardo Malta viria a protagonizar um incidente do qual resultaria o seu encerramento no ano de 1952, e a expulsão como sócio, sendo readmitido mais tarde, participando nos salões da Sociedade em 1955 e 1958. Em 1959 viria a protagonizar um novo incidente ao ser nomeado para director do Museu de Arte Contemporânea, no decurso do falecimento do seu anterior director, Diogo de Macedo, facto que motivou um protesto público assinado por duzentos artistas e intelectuais.