Colónia Agrícola do Pisão

Zona da identificação

Tipo de entidade

Entidade coletiva

Forma autorizada do nome

Colónia Agrícola do Pisão

Forma(s) paralela(s) de nome

Forma normalizada do nome de acordo com outras regras

Outra(s) forma(s) do nome

  • Colónia do Pisão
  • Centro de Trabalho do Pisão
  • Quinta de Trabalho do Pisão
  • Quintas do Pisão e de Porto Covo
  • Colónia Penal Agrícola do Pisão

identificadores para entidades coletivas

Zona da descrição

Datas de existência

[1941-03-26] - 1985-02-02

História

A Colónia Agrícola do Pisão foi criada em 1941 pela Comissão Administrativa do Albergue Distrital da Mendicidade de Lisboa, com o propósito dar aos albergados um espaço onde pudessem trabalhar na agricultura, na pecuária, na construção dos edifícios da colónia, na exploração florestal, na pedreira, nos fornos de cal e em outros trabalhos de autossubsistência.

A Quinta do Pisão, sita em Alcabideche, Cascais, encontrava-se afastada das outras localidades, estando rodeada por uma vasta área florestal e de exploração agropecuária com mais de 300 hectares.

Em Maio de 1941, iniciam-se os trabalhos de reconstrução dos edifícios daquela propriedade e a exploração dos terrenos agrícolas, tendo sido transferidos, para a Colónia 100 albergados e destacado pessoal da Polícia de Segurança Pública de Lisboa, necessário à vigilância dos mesmos.

Ainda no final de 1941, foi adquirida uma quinta no lugar de Porto Covo, junto da Quinta do Pisão, por forma a alargar o espaço disponível para cultivo.

Em 1945 é projetado o alargamento das instalações da Quinta do Pisão, incluindo a edificação de cinco barracões destinados a camaratas, refeitório, cozinha, enfermaria, casas para os guardas, sanitários e arrecadações.

A capela foi construída em 1954, sendo as imagens, os paramentos e as alfaias da mesma, adquiridos com o recurso a receitas provenientes de um espetáculo realizado no Coliseu dos Recreios.

Em 1962 foram edificados pavilhões destinados, especificamente, a doentes do foro psiquiátrico.

Para além de colónia agrícola, prevista no projeto original, a Quinta do Pisão manteve, também, uma vertente de assistência à doença mental de apoiando os hospitais psiquiátricos próximos, como foi o caso do Hospital Miguel Bombarda, do Hospital Júlio de Matos e, a partir de 1972, do Centro Psiquiátrico de Recuperação de Montachique.

A Colónia Agrícola do Pisão manteve-se sob a direção do Albergue Distrital de Mendicidade de Lisboa até à sua extinção, em 1977, [passando, a partir daqui, a depender da entidade sucessora do Albergue, o Centro de Apoio Social de Lisboa].

A 2 de Fevereiro de 1985, a Colónia do Pisão passou a ser gerida pela Santa Casa da Misericórdia de Cascais, mediante acordo de gestão celebrado com o Instituto da Segurança Social, passando a denominar-se Centro de Apoio Social do Pisão.

Lugares

Estatuto legal

Colónia agrícola administrada, inicialmente, pela Direção do Albergue Distrital da Mendicidade de Lisboa e pela Comissão Administrativa encarregue da sua gestão.
[A partir de 1978 passou a ser um espaço gerido pelo Centro de Apoio Social de Lisboa], até à sua integração na Santa Casa da Misericórdia de Cascais, em 1985.

Funções, ocupações e atividades

Orientar os albergados nas tarefas de exploração dos recursos florestais e agropecuários.

Mandatos/Fontes de autoridade

Sessão n.º 15 da Comissão Administrativa do Albergue Distrital da Mendicidade de Lisboa de 26 de março de 1941, que deliberou tomar conhecimento sobre a compra da propriedade rústica designada por "Quinta do Pisão", sita em Alcabideche.

Despacho de Armando Filipe Cerejeira Bacelar, Ministro dos Assuntos Sociais, de 31 de Maio de 1977, que extinguiu o Albergue Distrital de Mendicidade de Lisboa.

Decreto-Lei n.º 301, de 7 de Outubro de 1978, que criou, na dependência da Secretaria de Estado da Segurança Social, o Centro de Apoio Social de Lisboa, integrando neste organismo, os estabelecimentos que constituíam o extinto Albergue Distrital de Mendicidade de Lisboa.

Decreto-Lei n.º 6, de 7 de janeiro de 1985, que estabeleceu disposições quanto à integração orgânica e funcional do Centro de Apoio Social de Lisboa no Centro Regional de Segurança Social da mesma cidade.

Estruturas internas/genealogia

A Direção da Colónia era constituída, inicialmente, pelo fiscal e pelo regente agrícola, estando a vigilância dos internados a cargo dos agentes policiais.

Ao fiscal do Pisão, cargo que era desempenhado por oficiais da Polícia de Segurança Pública de Lisboa, competia a gestão financeira da Quinta, a disciplina dos funcionários, a alimentação e o vestuário dos albergados, bem como a inventariação dos bens e dos produtos agrícolas, para além da direção e da vigilância das obras.

O regente agrícola superentendia os trabalhos agrícolas, requisitando, ao fiscal, a mão-de-obra necessária para a produção e exploração agro-pecuária.

Em 1954 foi construída uma capela e uma casa destinada ao respetivo capelão.

Posteriormente, serviram na Colónia um veterinário e um pastor para tratamento dos animais.

Contexto geral

Zona das relações

Entidade relacionada

Centro de Apoio Social de Lisboa (1978-10-07 - 2015-10-14)

Identificador da entidade relacionada

CASL

Categoria da relação

hieráquico

Datas da relação

1978-10-07 - 1985

Descrição da relação

Colónia Agrícola do Pisão subordinada ao Centro de Apoio Social de Lisboa.

Entidade relacionada

Albergue Distrital de Mendicidade de Lisboa (1940-04-20 - 1977-05-31)

Identificador da entidade relacionada

ADMD

Categoria da relação

hieráquico

Datas da relação

1941-03-26 - 1977-05-31

Descrição da relação

Colónia agrícola do Pisão subordinada ao Albergue Distrital de Mendicidade de Lisboa.

Entidade relacionada

Comissão Administrativa do Albergue Distrital de Mendicidade de Lisboa (1940-04-20 - 1976-05-15)

Identificador da entidade relacionada

CAADML

Categoria da relação

hieráquico

Datas da relação

1941-03-26 - 1976-05-15

Descrição da relação

Colónia Agrícola do Pisão subordinada à Comissão Administrativa do Albergue Distrital de Mendicidade de Lisboa.

Área de pontos de acesso

Pontos de acesso - Assuntos

Pontos de acesso - Locais

Ocupações

Zona do controlo

Identificador do registo de autoridade

CAP-ADMD

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

Estatuto

Nível de detalhe

Mínimo

Datas de criação, revisão ou eliminação

Registo de autoridade elaborado a 28 de Maio de 2024.

Línguas e escritas

Sistema(s) de escrita

Fontes

Bastos, Susana Pereira, O Estado Novo e os Seus Vadios: Contribuições para o Estudo das Identidades Marginais e da sua Repressão, in Etnográfica Press, 21 de Janeiro de 2019, https://books.openedition.org/etnograficapress/2192.

Colen, Maria Luísa Guterres Barbosa - O Albergue de Mendicidade da Mitra, in Mitra Polo de Economia Social. Lisboa: SCML, 2021, pp. 74-133.

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