Zona da identificação
Tipo de entidade
Pessoa
Forma autorizada do nome
Delmira Maria Filomena Benito Maçãs
Forma(s) paralela(s) de nome
Forma normalizada do nome de acordo com outras regras
Outra(s) forma(s) do nome
identificadores para entidades coletivas
Zona da descrição
Datas de existência
1923-2007
História
Delmira Maria Filomena Benito Maçãs nasceu na freguesia de Santos-o-Velho, em Lisboa, a 11 de Abril de 1923.
Filha de António Eusébio Benito Maçãs e de Ema Virgínia Garraio Maçãs, neta paterna de António Dias Maçãs e de Ana Catarina Bonito Semedo, e neta materna de Augusto Garraio e Amélia Alexandrina Mendes Garraio.
Recebeu as primeiras letras na sua casa, com professoras contratadas para o efeito, tendo realizado o exame de instrução primária aos 11 anos de idade.
Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, no ano letivo de 1946-1947. Foi aluna, entre outros professores, de Jacinto do Prado Coelho, Lindley Cintra, José Pedro Machado ou Vitorino Nemésio e colega de Sebastião da Gama, Luísa Dacosta, David Mourão-Ferreira e Urbano Tavares Rodrigues. Defendeu a tese de licenciatura em 1948, com o título “Os animais na Linguagem portuguesa”, orientada pelo professor Harri Meier e baseada na obra do professor austríaco Richard Riegler “Das tier im Spiegel der sprache”.
Fez com aprovação o exame de admissão ao estágio pedagógico do ensino técnico, não conseguindo ficar colocada. Surgiu depois a possibilidade de uma bolsa de estudo no Instituto para a Alta Cultura, da qual beneficiou entre 1949 a 1951. No ano letivo de 1951-52 ocupou o cargo de leitora na Universidade de Heidelberg, lecionando a cadeira de Língua e Cultura Portuguesa.
Colaborou com a “Revista Portuguesa de Filologia”, dirigida por Manuel de Paiva Boléo, e, como bolseira do Instituto para a Alta Cultura, com o Centro de Estudo Filológicos da Universidade de Lisboa, publicando várias recensões e artigos em revistas da especialidade.
Por motivos familiares abandona a vida académica e de docência. Em vários escritos refere que o abandono destas atividades esteve diretamente relacionado com a necessidade de prestar apoio aos seus pais, no âmbito de um processo judicial para a restituição da posse de um prédio urbano sito no local da Senhora da Lapa, em Portalegre.
Em 1976, já cinquentenária, fez o estágio pedagógico de acesso às escolas técnicas e ingressou na carreira de docência no ensino secundário.
Publicou também vários trabalhos na revista «Stella», dirigida pela madre Maria do Carmo Lopes da Fonseca, dedicados a temas como experiências de viagens, a cultura e a religiosidade popular.
Pertenceu ao movimento eucarístico Fons Vitae e afirmava ter grande devoção pelos sacrários. A sua profunda religiosidade pode ser testemunhada pelo registo das vezes que comungava e pelos escritos dedicados à vida de santos e beatos.
Faleceu a 14 de Outubro de 2007, em Tomar.