Incluem o registo anual das verbas das receitas provenientes, entre outros, de títulos de dívida pública e de renda vitalícia, de legados pios não cumpridos, do aforamento e arrendamento de propriedades fundiárias e urbanas, de pensões, da exploração da lotaria e do totobola, de dividendos de ações, de esmolas, heranças, legados e donativos, do produto resultante da venda de bens móveis, de reposições, bem como dos rendimentos procedentes dos Serviços Médico-Farmacêuticos, do Balneário, do Instituto de Cegos Branco Rodrigues, do Museu de São Roque, das Cozinhas Económicas, da Sopa da Caridade e das Sopas dos Pobres.

Integram, ainda, o registo anual das verbas orçamentadas para o pagamento das despesas resultantes, entre outros, da assistência a tutelados e internados, de rendas, de pensões, da atribuição de auxílios pecuniários e médico-farmacêuticos, dos encargos laborais decorrentes do cumprimento de obrigações legais e contratuais, de serviços funerários, bem como das despesas resultantes da atividade do Balneário, das Cozinhas Económicas, das Sopas dos Pobres e da transferência da Associação de Creches e Asilos de Lisboa para a tutela da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Englobam, também, o registo das despesas decorrentes da concessão de subsídios para pagamento de rendas de casas, da aquisição de bens móveis, da realização de obras em propriedades da Santa Casa, do cumprimento dos encargos testamentários que oneravam as heranças e legados deixados por diversos beneméritos, bem como da satisfação dos juros da dívida passiva e do distrate dos seus capitais.

Contém, igualmente, o assento das despesas liquidadas relativas a anos findos, assim como o registo dos débitos e créditos das contas de depósitos referentes a rendas adiantadas, de testamentarias de beneméritos, dos fundos pertencentes às Cozinhas Económicas e de verbas reservadas à melhoria de pensões de aposentação e de vencimentos dos colaboradores da Misericórdia de Lisboa.

Os assentos contêm o número da verba orçamental, o ano económico a que respeitam, a tipologia da receita e despesa, bem como a verba orçamentada e a quantia despendida.

Incluem o registo anual das verbas destinadas ao pagamento das despesas provenientes, entre outros, dos encargos inerentes à criação dos expostos e assistência infantil, do funcionamento do Recolhimento das Órfãs, do Hospital de Nossa Senhora do Amparo, do Hospital de Santa Ana, da Sopa da Caridade e da Aula da Rainha D. Leonor, do auxílio aos presos pobres das cadeias de Lisboa, de guisamentos para a celebração das missas e de outras despesas com a igreja, de pensões, bem como de despesas resultantes da administração da Contadoria e Tesouraria, da atividade dos Serviços Médico-Farmacêuticos, do Balneário, do Museu e Igreja de São Roque, do Instituto Luísa Paiva de Andrada, do Colégio do Monte Agudo, dos Bairros de Casas Gratuitas e Económicas da Misericórdia de Lisboa, das Cozinhas Económicas e das Sopas dos Pobres, da construção de uma lavandaria e dos encargos laborais decorrentes do cumprimento de obrigações legais e contratuais.

Integram, também, o registo das despesas decorrentes da atribuição de subsídios para rendas de casas, da aquisição de bens móveis, de processos judiciais, da realização de obras em propriedades da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, do cumprimento dos encargos testamentários que oneravam as heranças e legados deixados por diversos beneméritos, bem como da satisfação dos juros da dívida passiva e do distrate dos seus capitais.

Os assentos contêm o número da verba orçamental, o ano económico a que respeitam, a tipologia de despesa e a sua proveniência (Misericórdia ou Hospital dos Expostos), bem como da verba orçamentada e da quantia despendida.

Engloba, em apenso ao livro do ano económico de 1907-1908, o relatório da conta de gerência desse ano.

Incluem o registo anual das verbas das receitas provenientes , entre outros, do imposto nas carnes, de títulos de dívida pública e de renda vitalícia, da percentagem das desobrigas cobradas nas paróquias de Lisboa, da dotação régia para a criação dos expostos, de legados pios não cumpridos, do aforamento e arrendamento de propriedades fundiárias e urbanas, de pensões, da exploração da lotaria e do totobola, de dividendos de ações, de custas de execuções, de esmolas, heranças, legados e donativos, do produto resultante da venda de bens móveis, do acerto de contas com o Hospital de São José de Lisboa, de reposições, de depósitos e respetivos juros, bem como dos rendimentos procedentes da Assistência Infantil, dos Serviços Médico-Farmacêuticos, do Balneário, do Instituto de Cegos Branco Rodrigues, das Cozinhas Económicas, da Sopa da Caridade e das Sopas dos Pobres.

Os assentos contêm o número da verba orçamental, o ano económico a que respeitam, a tipologia de receita, o destinatário do rendimento (Misericórdia ou Hospital dos Expostos) e o total da verba recebida.

Indicam, ainda, os valores das autorizações orçamentais, bem como das quantias em dívida e suas liquidações.

Engloba, em apenso ao livro do ano económico de 1907-1908, o relatório da conta de gerência desse ano.

Documentos relativos às receitas obtidas com a venda do gado abatido no Matadouro do Campo de Santana, bem como às despesas realizadas com o pagamento de ordenados e a aquisição de produtos para a manutenção do curral.

Inclui, ainda, a contagem semanal do salgamento das peles dos animais e a relação da quantidade de carne fornecida pelos marchantes.

A partir do ano de 1850, engloba, também, documentos justificativos das despesas.

Inclui o registo do rendimento proveniente da venda dos produtos resultantes do abate de gado no Matadouro do Campo de Santana, nomeadamente, as pontas dos chifres, os pelos do rabo, o sangue e as peles. A despesa refere-se, entre outros, ao pagamento de ordenados pelos serviços prestados no abate.

Integra o assento da entrada e saída de chifres, bem como registos sobre o salgamento e armazenamento das peles.

Engloba, ainda, balanços diários do movimento dos referidos produtos entregues por Joaquim José Pereira, fiscal dos Armazéns da Matança, a José Jerónimo Vasques, arrematante, nos termos do seu contrato.

Inclui o registo do pagamento das despesas decorrentes, entre outros, dos encargos inerentes à criação dos expostos (dos gastos com os seus casamentos, pagamento de tratamentos, de ordenados a amas, capelães, inspetores, outros empregados e de subsídios de lactação), do funcionamento do seu Hospital, do Recolhimento das Órfãs, do Hospital de Nossa Senhora do Amparo, do Hospital de Santa Ana, da Sopa da Caridade e da Aula da Rainha D. Leonor, do auxílio material e espiritual aos presos pobres das cadeias de Lisboa, de guisamentos para a celebração das missas e de outras despesas com a igreja, de pensões, bem como de despesas correntes da Contadoria, da Tesouraria, dos Serviços Médico-Farmacêuticos, do Balneário, do Museu e Igreja de São Roque, do Instituto Luísa Paiva de Andrada, do Colégio do Monte Agudo, dos Bairros Gratuitos da Misericórdia de Lisboa, das Cozinhas Económicas e das Sopas dos Pobres.

Integram, também, o registo das despesas decorrentes da atribuição de subsídios para rendas de casas, da aquisição de bens móveis e de combustível, do pagamento de custos de processos judiciais, da realização de obras em propriedades da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, do cumprimento dos encargos testamentários que oneravam as heranças e legados deixados por diversos beneméritos (missas de sufrágio, pagamento aos capelães, esmolas, dotes a órfãs e a expostas), bem como da satisfação dos juros da dívida passiva e do distrate de capitais.

Os assentos contêm o número da verba orçamental, o ano económico a que respeitam, a tipologia de despesa e a sua proveniência (Misericórdia ou Hospital dos Expostos), bem como a verba orçamentada e a quantia despendida.

Até ao ano económico de 1903-1904, a informação encontra-se registada em mapas mensais, sendo posteriormente registada em livros.

Inclui o registo do apuramento anual das receitas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e do Hospital dos Expostos da mesma cidade, provenientes, entre outros, do imposto nas carnes, de títulos de dívida pública e de renda vitalícia, da percentagem das desobrigas cobradas nas paróquias da referida cidade, das verbas concedidas para a criação dos expostos, do aforamento e arrendamento de propriedades fundiárias e urbanas, de pensões, da exploração da lotaria e do totobola, de dividendos de ações, de custas judiciais das execuções de sentenças favoráveis à Misericórdia de Lisboa, de esmolas, heranças, legados e donativos, do produto resultante da venda de bens móveis, de reposições, de heranças de crianças expostas, da cobrança do principal e juros vencidos de empréstimos concedidos a particulares, dos réditos advindos da titularidade de padrões de juros reais, bem como dos rendimentos procedentes dos Serviços Médico-Farmacêuticos, do Balneário, do Instituto de Cegos Branco Rodrigues, das Cozinhas Económicas, da Sopa da Caridade, da Sopa dos Pobres e da Assistência com a liquidação de subsídios de compensação.

Os assentos contêm o número da verba orçamental, o ano económico a que respeitam, a tipologia de receita, o destinatário do rendimento (Misericórdia ou Hospital dos Expostos) e o total da verba recebida.

Até ao ano económico de 1933-1934, a informação encontra-se registada em mapas mensais e, também, em livros.

O livro inclui o registo do recebimento de tecidos destinados ao uso do Hospital dos Expostos de Lisboa e concessão de esmolas, de bordados provenientes do Recolhimento das Órfãs e feitos por encomenda.
Contém, ainda, o lançamento das receitas obtidas com a venda destes produtos.

Integra o registo da compra e venda de materiais, procedentes de fornecedores nacionais e internacionais, utilizados em reparações, construções e obras em diversas propriedades da Confraria da Misericórdia de Lisboa, nomeadamente, na sua igreja, nas oficinas, nos referidos hospital e recolhimento, bem como noutras propriedades.

Engloba, também, o assento das despesas efetuadas com a preparação de tecidos para a confeção de vestuário, da receção de produtos, do embarque e descarga dos mesmos, bem como do pagamento de direitos aduaneiros e outras taxas.

Os livros incluem o registo, em forma de rascunho, dos géneros e bens recebidos pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, como pagamento de foros, rendas e vendas, bem como do assento das despesas efetuadas com a distribuição desses géneros.

Posteriormente, e após conferência, estes registos eram transferidos para os livros de receita e despesa dos géneros, conforme remissiva aposta em alguns registos.

Inclui o registo das contas saldadas referentes, entre outros, a papéis de crédito em conta depósito de testamentarias, a fundos consolidados, a obrigações, à divisão de contas de fundos próprios e fundos consignados, a empréstimos, a rendas perpétuas, a ações de entidades bancárias e de outras empresas.

Inclui os documentos comprovativos da entrega de quantias no cofre da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa pelo cobrador das rendas ou por outros indivíduos, bem como os respetivos canhotos.
Estes documentos registam o número de entrega, o número atribuído ao canhoto, a descrição da receita, o ano económico a que respeita e o total da verba recebida.

Integra, também, remissivas para os registos dos livros de caixa de papéis de crédito e outros valores.

Engloba, ainda, os documentos justificativos da despesa, fundamentando a razão para a sua realização, bem como os respetivos despachos de deferimento.

Os livros incluem o registo auxiliar da receita e da despesa, entre outros, de títulos de dívida deferida e de dívida pública, de ações de bancos e outras empresas, de apólices de empréstimo, de recibos de pensões, de peças de ouro e prata, de joias, de inscrições do novo fundo, bem como de títulos e papéis de crédito pertencentes a contas depósito de várias testamentarias.

Posteriormente estes registos eram transferidos para os livros de caixa de papéis de crédito e outros valores, conforme remissiva no respetivo registo.

Livros de registo das receitas escrituradas pelo tesoureiro, provenientes, entre outros, do aforamento, emprazamento ou arrendamento de propriedades fundiárias e urbanas, de emolumentos da Alfândega Grande de Lisboa, da percentagem das desobrigas cobradas nas paróquias da mesma cidade, de reposições, da cobrança do principal e juros vencidos de empréstimos concedidos a particulares, bem como de réditos associados à titularidade de padrões de juros reais, de dividendos das ações do Banco de Portugal, da venda de géneros, da exploração da lotaria, de esmolas e de legados.

Incluem também o assento das receitas que se encontravam aplicadas ao financiamento da criação dos expostos, nomeadamente, a parte dos emolumentos pagos pela assinatura dos ministros da Casa da Suplicação e pela tramitação das ações judiciais.

Integram, ainda, o registo das despesas decorrentes, entre outros, da distribuição das receitas da lotaria, dos encargos inerentes à criação dos expostos (do pagamento às amas), do funcionamento do seu Hospital, do Recolhimento das Órfãs, do Hospital de Nossa Senhora do Amparo e do Hospital de Santa Ana, do pagamento de ordenados e de serviços fúnebres, de pensões, da aquisição de medicamentos, da realização de obras, do auxílio material e espiritual aos presos pobres das cadeias de Lisboa, da dotação de órfãs, do apoio às visitadas, do pagamento do transporte de doentes para receberem tratamento nos banhos do Arsenal da Marinha, de guisamentos para a celebração das missas e de outras despesas com a igreja, assim como do cumprimento dos encargos testamentários que oneravam as heranças e legados deixados por diversos beneméritos.

Livros de registo das receitas provenientes, entre outros, da venda, aforamento, emprazamento ou arrendamento de propriedades fundiárias e urbanas, da cobrança do principal e juros vencidos de empréstimos concedidos a particulares, de apólices e de inscrições de dívida pública, de dividendos das ações do Banco de Portugal, bem como de réditos associados à titularidade de padrões de juros reais, para além de tenças e ordinárias pagas por diversas repartições da Coroa.

Surgem também escrituradas as receitas que se encontravam aplicadas ao financiamento da criação dos expostos, nomeadamente, a parte dos emolumentos pagos pela assinatura dos ministros da Casa da Suplicação e pela tramitação das ações judiciais.

Alguns dos réditos lançados no livro provêm de esmolas, de legados, de donativos, de reposições ou devoluções de verbas não aplicadas, do produto resultante da venda de bens móveis e imóveis, da exploração da lotaria, dos acertos da conta corrente da Misericórdia com o Hospital de São José de Lisboa, para além dos rendimentos procedentes dos Serviços Médico-Farmacêuticos.

Integram, ainda, o assento das despesas efetuadas com a cobrança de rendimentos e com a distribuição das receitas da lotaria pelas entidades beneficiárias dos mesmos.

Livros de registo das receitas provenientes, entre outros, da venda de bens e de géneros alimentícios, de rendimentos de propriedades, da exploração da lotaria, de reposições ou devoluções de verbas não aplicadas, do pagamento de custas judiciais das execuções de sentença favoráveis à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Integram, também, o assento das despesas efetuadas com a cobrança de rendimentos e com a distribuição das receitas da lotaria pelas entidades beneficiárias da mesma.

Englobam, ainda, o acerto de contas resultante da separação dos rendimentos e das despesas do Hospital de São José de Lisboa da Contabilidade da Santa Casa, [nos termos dispostos pelo Alvará Régio de 19 de Janeiro de 1782].

Livros de registo das receitas provenientes, sobretudo, dos rendimentos da administração pretérita, da venda, aforamento, emprazamento ou arrendamento de propriedades fundiárias e urbanas, da cobrança do principal e juros vencidos de empréstimos concedidos a particulares, de legados não cumpridos, bem como de réditos associados à titularidade de padrões de juros reais, para além de tenças e ordinárias pagas por diversas repartições da Coroa.

Surgem também escrituradas as receitas que se encontravam aplicadas ao financiamento da criação dos expostos, nomeadamente, a parte dos emolumentos pagos pela assinatura dos ministros da Casa da Suplicação e pela tramitação das ações judiciais, a percentagem das desobrigas cobradas nas paróquias da cidade de Lisboa e as fianças pagas pelos presos.

Alguns dos réditos lançados no livro provêm de esmolas, da venda de géneros, dos acertos da conta corrente da Misericórdia com o Hospital de São José de Lisboa, e o Hospital dos Expostos da mesma cidade, da prestação de cuidados médicos, da venda, por arrematação, dos bens dos doentes falecidos no Hospital de São José e dos dividendos das apólices da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, no Brasil.

Livros de registo das despesas relativas ao cumprimento das disposições testamentárias de heranças e legados deixados à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e que se encontravam onerados, entre outros encargos, com a atribuição de esmolas, pensões ou tenças ao Recolhimento das Órfãs, ao Hospital de Nossa Senhora do Amparo, ao Hospital de Santa Ana, a misericórdias e a outras irmandades, aos presos pobres das Cadeias de Lisboa, bem como à dotação de órfãs, ao apoio às visitadas e ao pagamento do transporte de doentes para receberem tratamento no Hospital Termal das Caldas da Rainha.

Registam, também, os encargos com a celebração de missas de sufrágio pela alma dos testadores e com manutenção das capelas pelos mesmos instituídos.

Integram, ainda, o assento dos pagamentos efetuados em cumprimento dos legados instituídos pelo rei D. Pedro II.

Livros de registo auxiliar utilizados para o cômputo das despesas decorrentes, entre outros, de pagamentos efetuados ao Hospital de São José de Lisboa, nomeadamente das dívidas pretéritas pagas aos seus credores, dos gastos correntes da Confraria da Misericórdia de Lisboa e da sua igreja (pagamento de ordenados dos oficiais e outros de assalariados, guisamentos para a celebração das missas, transporte de doentes pobres para o Hospital Termal das Caldas da Rainha, aquisição de material de expediente para a Contadoria, realização de obras, auxílio material e espiritual às visitadas e aos presos pobres da Cadeia do Limoeiro da cidade de Lisboa, no que se incluía os gastos relativos aos seus processos de livramento).

O livro inclui, também, o registo das despesas decorrentes de processos judiciais, do cumprimento dos encargos testamentários que oneravam as heranças e legados deixados por diversos beneméritos (pagamento a capelães, a merceeiras), bem como da satisfação dos juros da dívida passiva e do distrate dos seus capitais.

Destacam-se, ainda, as despesas correntes do Recolhimento das Órfãs da Misericórdia, do Hospital de Nossa Senhora do Amparo e do Hospital de Santa Ana.

O livro inclui o assento dos montantes recebidos e despendidos pela Misericórdia de Lisboa, no âmbito do desempenho das suas atribuições.

As receitas registadas provinham, sobretudo, da venda, aforamento, emprazamento ou arrendamento de propriedades fundiárias e urbanas, da cobrança do principal e juros vencidos de empréstimos concedidos a particulares, bem como de réditos associados à titularidade de padrões de juros reais, para além de tenças e ordinárias pagas por diversas repartições da Coroa.

Surgem também escrituradas as receitas que se encontravam aplicadas ao financiamento da criação dos expostos, nomeadamente, a parte dos emolumentos pagos pela assinatura dos ministros da Casa da Suplicação e pela tramitação das ações judiciais, a percentagem das desobrigas cobradas nas paróquias da cidade de Lisboa e as fianças pagas pelos presos.

Alguns dos réditos lançados no livro provêm de esmolas, da venda de géneros, dos acertos da conta corrente da Misericórdia com o Hospital de São José de Lisboa e o Hospital dos Expostos da mesma cidade, da prestação de cuidados médicos e da venda, por arrematação, dos bens dos doentes falecidos no Hospital de São José.

Os assentos de despesa relacionavam-se, sobretudo, com os encargos inerentes à criação dos expostos (vestuário, dotes e outros gastos com os seus casamentos) e ao funcionamento do seu Hospital, aos gastos correntes da Confraria da Misericórdia de Lisboa e da sua igreja (ordenados dos oficiais e outros de assalariados, transporte de doentes pobres para o Hospital Termal das Caldas da Rainha, aquisição de material de expediente para a Contadoria, realização de obras, auxílio material e espiritual às visitadas e aos presos pobres da Cadeia do Limoeiro da cidade de Lisboa, no que se incluía os gastos relativos aos seus processos de livramento).

O livro integra, também, o registo das despesas decorrentes de processos judiciais, do cumprimento dos encargos testamentários que oneravam as heranças e legados deixados por diversos beneméritos (pagamento a capelães, a merceeiras), bem como da satisfação dos juros da dívida passiva e do distrate dos seus capitais.

Destacam-se, ainda, as despesas correntes do Recolhimento das Órfãs da Misericórdia, do Hospital de Nossa Senhora do Amparo e do Hospital de Santa Ana.

Os livros incluem o assento, em forma de rascunho, da receita e da despesa do Caixa, registando entre outros, esmolas, encargos não previstos, foros, laudémios, rendas, juros particulares e reais, dívida passiva, pagamento de fianças, legados não cumpridos, venda de produtos, géneros alimentícios e de medicamentos, aquisição de material para uso corrente de expediente e de material para as enfermarias do Hospital de São José, guisamentos para a celebração das missas e de outras despesas com a igreja, gastos com os presos, bens dos doentes falecidos no Hospital de São José, despesa com a criação dos expostos e sustento das internadas do Recolhimento das Órfãs, emolumentos pelas assinaturas dos ministros das repartições da administração central da Coroa, recebimento do subsídio imposto nas paróquias, bem como pagamento de dotes, de ordenados e de serviços de obras.

Posteriormente, e após conferência, estes registos eram transferidos para os seguintes livros, de caixa, auxiliares de receita e despesa, dos legados, da administração da Casa, da despesa do Hospital de São José de Lisboa, da despesa dos expostos ou da caixa papéis de crédito, conforme remissão no respetivo registo.

Os livros incluem o assento, em forma de rascunho, da receita e da despesa diárias do Cofre, registando, entre outros, encargos não previstos, foros, rendas, obras pias, juros particulares e reais, de legados pios não cumpridos, venda de produtos, aquisição de géneros alimentícios, pagamento de fianças, bem como o pagamento de ordenados e de dotes de órfãs, para posteriormente, e após conferência, serem registadas nos livros da caixa pretérita.

Os livros incluem o registo da receita auferida pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, servindo de base para a prestação de contas anuais por parte dos indivíduos ou unidades orgânicas responsáveis pela gestão financeira da instituição.

Estas receitas provinham, entre outros, da alienação de bens móveis e imóveis, do arrendamento de propriedades rústicas e urbanas, de doações em vida, de heranças ou legados estipulados em testamento, da venda de géneros alimentícios e de outros produtos, de consignações e cobranças executivas de devedores, de dividendos de títulos de dívida pública interna, da cobrança de quotas, do reembolso de custas judiciais, das receitas geradas pela exploração da lotaria e do totobola, pelos serviços médico-farmacêuticos, pelos balneários públicos, pelas cozinhas económicas, pelo museu, entre outros serviços e equipamentos da Santa Casa.

O livro n.º 4 contém, também, a receita liquidada das apostas mútuas desportivas de Novembro e Dezembro de 1963.

Em cada registo é mencionado o número de ordem, a data, a descrição da proveniência da receita, o código da verba de receita orçamentada e a importância recebida.

Encontram-se em falta os anos compreendidos entre Outubro de 1934 e Janeiro de 1962.

Inclui documentos comprovativos do recebimento de receitas que provinham, sobretudo, do aforamento, emprazamento ou arrendamento de propriedades rústicas e urbanas pertencentes à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, de uma parte das fianças dos presos, de legados pios não cumpridos, de emolumentos pelas assinaturas dos ministros das repartições da administração central da Coroa, de rendimentos resultantes da prestação de cuidados médicos, da venda da lotaria e respetivos prémios prescritos, dos bens dos doentes falecidos no Hospital de São José, entre outras.

Em cada documento é feita a referência ao registo no livro caixa.

Encontram-se em falta os meses de Julho de 1833 a Junho de 1836, de Julho de 1861 a Junho de 1895, de Julho de 1918 a Junho de 1919, de Julho de 1931 a Junho de 1932, os anos de 1938 e 1940, bem como o mês de Dezembro de 1941.

Inclui mapas e livros de registo dos despachos de autorização para a liquidação de despesas, com indicação do número de referência de cada um deles, da sua qualificação (de abono ou de pagamento), das respetivas datas, do valor liquidado, bem como do exercício/ano económico a que dizem respeito.

Os registos integram, também, uma caraterização sumária dos bens, serviços e produtos adquiridos, bem como de outras despesas realizadas pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no âmbito da sua atividade e missão beneficente.

Registo dos pagamentos efetuados pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a instituições ou a indivíduos, em cumprimento dos encargos testamentários que oneravam as heranças e legados recebidos de diversos beneméritos. Os pagamentos poderiam assumir diferentes modalidades como tenças, pensões, mesadas, dotes ou estipêndios satisfeitos pelo cumprimento de obrigação de mercearia.

Alguns exemplares, até ao ano de 1782 integram, também, os assentos relativos à satisfação do principal e juros vencidos de empréstimos contraídos pelas extintas Confrarias da Igreja de São Roque de Lisboa, cujos bens foram incorporados na Santa Casa, por força da Carta Régia de 31 de Janeiro de 1775.

Até ao ano de 1783, englobam, apartadamente, as folhas de pagamento do legado deixado pelo rei D. Pedro II aos serventes da Casa Real.

Junto a cada registo constam averbamentos comprovativos do recebimento das quantias pelos respetivos beneficiários, assinados pelos mesmos ou pelos seus representantes legais.

Inclui processos destinados a tramitar o pagamento de despesas referentes ao pagamento de rações, a encargos testamentários e a pensões concedidas a familiares falecidos de funcionários da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Os processos referem-se, também, a encargos relativos ao culto na Capela de São João Batista (alfaias litúrgicas, velas, hóstias, vinho, etc.), aos vencimentos dos membros da administração da Santa Casa, dos empregados do Recolhimento das Órfãs, das amas internas e de outros funcionários do Hospital dos Expostos, dos oficiais da Contadoria, dos cobradores de rendas, dos médicos, dos capelães, entre outros assalariados.

Os livros incluem o registo dos ordenados pagos a oficiais da Contadoria da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa bem como aos oficiais do Hospital de São José de Lisboa e do Hospital dos Expostos da mesma cidade.
Salientam-se, entre outras tipologias de assalariados, os capelães, os "homens do azul" e os médicos, para além das merceeiras e de outros indivíduos. Os pagamentos e o respetivo processamento eram efetuados aos quartéis.

Inclui os livros destinados a registar as despesas efetuadas com o acompanhamento religioso dos funerais de indivíduos pobres, de presos das cadeias de Lisboa e de escravos, bem como os custos relativos aos ofícios divinos celebrados pelos capelães da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, por intenção ou sufrágio da alma dos beneméritos da instituição e dos irmãos da Confraria e seus familiares.

Integra, ainda, o registo dos encargos referentes aos serviços prestados pelos moços da capela e por outros auxiliares, à aquisição de alfaias litúrgicas e de paramentos, de mortalhas, de guisamentos para a celebração das missas, entre outras despesas.

A partir de Julho de 1870, os livros passam a conter, em apenso, os recibos das despesas efetuadas, bem como as ordens de pagamento validadas pela Administração da Santa Casa.

Os livros englobam, ainda, o resumo das referidas despesas e um mapa dos falecidos, atualizado mensalmente.

Encontram-se em falta os livros de Junho a Agosto de 1895, de Outubro e de Novembro do mesmo ano, bem como de Maio e de Outubro de 1896.

Inclui processos resultantes da tramitação do pagamento de despesas relacionadas com a atividade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, podendo-se destacar, entre outras, a satisfação de ordenados dos assalariados da instituição e dos hospitais ou outras entidades por ela administrados, os encargos inerentes à cobrança de rendas, de foros ou de outras fontes de rendimento, o cumprimento de disposições testamentárias, as esmolas concedidas a pobres e a irmãos da confraria, os ordenados pagos aos capelães e merceeiras das capelas instituídas por benfeitores da instituição.

Os processos referem-se, também, a encargos relativos ao sustento e educação de crianças expostas, à dotação e alimentação de órfãs, ao pagamento de foros impostos em capelas de benfeitores administradas pela Confraria, às despesas efetuadas pelo mordomo da Botica (alimentação, curativo e higiene dos presos pobres das cadeias de Lisboa) e pelos visitadores de Santa Cruz (transporte de doentes pobres para os banhos termais das Caldas da Rainha). Relacionam-se, ainda, com os pagamentos a tencionários da irmandade, com os gastos resultantes da aquisição de bens de uso corrente, de mobiliário, de tumbas para enterro dos pobres, de materiais e de mão-de-obra para a edificação ou manutenção de imóveis e, ainda, com o conserto de diversos bens móveis.

Na sua maior parte, os processos iniciam-se com um requerimento (e respetivos documentos comprovativos) para a obtenção do pagamento devido, seguindo-se o despacho da Mesa da Misericórdia de Lisboa solicitando informação à Secretaria/Contadoria sobre a pretensão do requerente. Após análise desta informação, a Mesa defere o pedido e emite ordem de pagamento ao irmão tesoureiro-geral das Rendas da Santa Casa.