Unidade orgânica criada, a 29 de Junho de 2005, na sequência da instituição do Departamento Saúde-Santa Casa e da consequente extinção da Direção dos Serviços de Saúde. Desenvolveu a sua atividade de acordo com as estratégias traçadas pelo referido Departamento, até o mesmo ter sido extinto em 20 de outubro de 2005, momento em que passou a estar na dependência da Direção Saúde-Santa Casa até 9 de Março de 2009, data da extinção desta unidade orgânica.

O Serviço de Saúde de Proximidade dispunha de autonomia técnica e desenvolveu a sua atividade no âmbito da saúde comunitária abrangendo, de forma global e integrada, todo o ciclo de vida do indivíduo: Infância, Adolescência, Adulto e Idoso.

A prestação de cuidados ambulatórios desenvolvida por esta unidade orgânica contemplava a área dos cuidados de saúde primários e integrava a prestação de cuidados de saúde a nível das especialidades de Oftalmologia, Otorrinoralingologia, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Estomatologia, Psiquiatria e Psicologia, bem como a visitação domiciliária.

Os objetivos fundamentais do Serviço de Saúde de Proximidade eram a promoção da saúde, a prevenção e o tratamento da doença, privilegiando a educação para a saúde, de forma a apoiar, em especial, a população mais carenciada da cidade de Lisboa e, em particular, o acompanhamento das famílias e pessoas em risco, atuando em articulação o Serviço Nacional de Saúde.

Para o cumprimento da missão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, esta unidade orgânica desenvolveu a sua ação em estreita colaboração com a Direção de Educação, Formação e Ação Social - DEFAS e com outros tipos de resposta na área da saúde existentes na Misericórdia.

Entre as suas competências, destacam-se:

a) propor o plano anual de desenvolvimento e o relatório de execução;
b) aprovar os planos estratégicos e os planos de ação de cada Unidade Local de Saúde, bem como acompanhar e avaliar o seu cumprimento, de acordo com as linhas estratégicas definidas pelo Departamento Saúde-Santa Casa;
c) promover a otimização dos sistemas de informação como instrumentos de apoio à atividade clínica e à gestão;
d) assegurar a gestão dos recursos físicos e humanos da unidade orgânica, aprovando os seus horários de trabalho e promovendo o trabalho em equipa, de forma a otimizar a capacidade existente;
e) reunir com as equipas de gestão das Unidades Locais de Saúde para avaliação das atividades;
f) promover e incentivar a formação profissional do seu pessoal através de um plano global de formação;
g) desenvolver e monitorizar sistemas de avaliação do grau de satisfação do utente, nas suas diferentes dimensões;
h) tomar conhecimento ou informar sobre reclamações apresentadas relativas aos serviços e remete-Ias às entidades competentes;
i) promover condições de humanização dos serviços e a satisfação dos utentes.

Unidade orgânica cuja Direção, de índole colegial, era assegurada por um diretor clínico (que coordenava), por um diretor de enfermagem e por um diretor administrativo, sendo coadjuvados pela Comissão de Acompanhamento do Desenvolvimento em Saúde, orgão consultivo da Direção.

O Serviço de Saúde de Proximidade integrava, ainda, as Unidades Locais de Saúde (Unidade Local de Saúde da Tapada, Unidade Local de Saúde do Bairro Padre Cruz, Unidade Local de Saúde Dr. José Domingos Barreiro e Unidade Local de Saúde do Bairro da Boavista), para além de um Setor Administrativo, de um Gabinete de Apoio Técnico e de uma unidade orgânica designada Programa WWW.Saúde.Jovem que reportava tecnicamente nas atividades de saúde que desenvolvia.